08

“Se era ele um tirano que merecia morrer ou um herói brutalmente assassinado por conspiradores, venha o Diabo e escolha. Aqui não há heróis nem vilões, há circunstâncias e gente ardilosa que faz pela vida. Também há gente menos ardilosa que faz o que lhes mandam. E gente virtuosa que faz o que tem de ser feito. Arrasamos todos por igual.” Eis a forma como a Companhia do Chapitô apresenta a sua 39.a criação coletiva, com base em eventos da vida do general romano que inspirou peças de Plutarco e Shakespeare. Espetáculo que dá continuidade a um trabalho que, ao longo dos  anos, tem transformado em “surpresa e riso o que antes era seriedade e respeitinho”, como refere o crítico do Público, Rui Monteiro, para caracterizar o “filtro distorcido através do qual esta trupe de comediantes vê a história e a mitologia”.